Infelizmente a ação dos micronutrientes não obedece aos paradigmas dos níveis de suficiência, ou níveis críticos, e, pior, muitos ainda teimam estudar o comportamento e efeitos dos micros na planta sem que, antes, tenham adquirido os conhecimentos elementares da Enzimologia.
Estudar a dinâmica desses nutrientes e discutir os tais níveis de suficiência, tabelas e recomendações genéricas, sem antes se atentar aos fundamentos da fisiologia das enzimas, é como discutirmos os automóveis sem levar em conta os motores, a tecnologia embarcada e tudo mais.
Essa é uma das principais questões em que nossas faculdades de Agronomia, a meu ver, estão retardatárias. A Enzimologia precisa ser mais uma das matérias fundamentais do curso de Agronomia, junto com Bioquímica, Química Mineral e Fisiologia, mas ainda não é, infelizmente.
A consequência objetiva desse fato no mercado é a insegurança sobre a definição dos melhores manejos dos micronutrientes nos diferentes tipos de cultivos. Assim, o mercado ficou literalmente dominado por “mitos e antipatias” a respeito da inconstância e baixa reprodutibilidade dos bons resultados dos fertilizantes foliares e da própria nutrição foliar.
A maioria, por estudar pouco a Fisiologia no ambiente celular e a forma de ação dos enzimas e micronutrientes, ainda considera que os fertilizantes foliares nada mais são do que “commodities” minerais ou organominerais de fácil produção doméstica, bastando ter as matérias-primas minerais e conhecer as garantias químicas do produto comercial pretendido.
Além disso, grande parte ainda nem sabe que cada cultivo tem suas melhores janelas fisiológicas muito bem definidas para a nutrição foliar, isto é, os estágios fenológicos da planta em que as respostas à nutrição foliar são mais robustas. No entanto, a nutrição foliar ainda é a melhor ferramenta tecnológica para o bom manejo dos micronutrientes, o que significa muito mais do que a tradicional adubação foliar. Esta é o ato da pulverização de caldas nutritivas nas plantas, mas a nutrição foliar, por ter compromisso com os retornos econômicos, vai muito além.
Compreende a produção de formulação aditivadas com substâncias naturais que sejam estimuladoras da absorção ativa das células da epiderme da planta e sua aplicação correta nas janelas fisiológicas mais adequadas. Só assim será conseguido a entrada de micros no citoplasma, isto é, em doses maiores do que apenas as apenas necessárias a essas células. São as células da epiderme que funcionam como verdadeiro filtro seletivo da entrada de nutrientes na planta pela via foliar.
Ao conseguirmos promover a entrada no citoplasma de doses de micronutrientes maiores do que as teoricamente apenas adequadas estaremos, na verdade, induzindo um desequilíbrio químico (na proporção entre os íons micronutrientes) nessas células atingidas pela calda nutritiva aditivada das gotas da pulverização. E, como todo ser vivo, as plantas reagem pela rota mais eficiente de seu metabolismo predominante.
Nos animais a reação predominantemente é por processos metabólicos de análise e decomposição, próprios dos animais. Mas nos vegetais o metabolismo predominante é o das biossínteses de componentes da matéria fresca e, portanto, essa é a via preferencial para a reação dos vegetais aos desequilíbrios intencionalmente induzidos, natural ou artificialmente. Como acontece diuturnamente nas plantas induzidas pelas alterações mesológicas, ambientais, climáticas, de solo, etc.
É bastante óbvio que todos os seres vivos sempre reagem aos desequilíbrios endógenos, sejam eles induzidos por causas naturais ou artificiais. No entanto, como as rotas preferenciais de reação das células vegetais, e portanto da planta como um todo, é pelo aumento da biossíntese de compostos que inativem o mais rápido possível todo o potencial fitotóxico do excesso de nutrientes no citoplasma, e por extensão no simplasto, isso significará, em última análise, um grande estímulo ao ganho adicional de massa seca que significará ganhos de produtividade vegetal.
Teoricamente, podemos induzir desequilíbrios nas plantas em qualquer estágio de desenvolvimento, entretanto, apenas em algumas fases de desenvolvimento é que as respostas das plantas serão economicamente vantajosas: nas janelas fisiológicas. Termo que idealizei para explicar o fundamento da técnica da nutrição foliar. Finalmente, esclareço que entendo a nutrição foliar como um recurso tecnológico para induzirmos aumentos significativos e econômicos da produtividade vegetal.
Raciocinando por um outro prisma, qual será a utilidade para planta do excesso de micronutrientes no simplasto?
Sem dúvidas que será a produção de substâncias que inativem a ação química potencialmente prejudicial ao próprio simplasto. Mas que substâncias seriam essas cujas principais matérias primas seriam os micronutrientes? É evidente que serão enzimas que detenham no grupo prostético de sua proteína tais micronutrientes, ou que precisem desses íons para viabilizar sua ação catalítica no simplasto.
Mas quais seriam as vantagens de mais enzimas no simplasto? Ora, enzimas nada mais são do que catalizadores das reações químicas que acontecem em todos processos metabólicos do simplasto. A fotossíntese, por exemplo de modo bastante simplificado, compreende mais de sessenta passos, reações químicas diferentes, até realizar a síntese da glicose. Em cada uma dessas fases atua uma espécie de enzima diferente e, portanto, mais de sessenta tipos e apenas nesse processo. Se lembrarmos que numa única célula viva acontece dezenas e quiçá centenas de processos metabólicos diferentes, mas simultâneos, podemos entender, sem nenhum exagero, que, dependendo da função e estágio de desenvolvimento, acontece no citoplasma de uma única célula cerca de dezenas de milhares de reações químicas diferentes e simultâneas. Cada uma delas catalisada por uma espécie diferente de enzima.
Concluindo, ao conseguirmos induzir um simples desequilíbrio químico no simplasto, por excesso de micronutrientes através de uma nutrição foliar eficaz e na hora certa, estaremos estimulando o aumento da produtividade vegetal. A consequência desse raciocínio é a questão: aplicar caldas com apenas poucas espécies de micronutrientes, ou com todos os conhecidos? Qual será a melhor proporção entre eles, em cada formulação aditivada, para cada tipo de cultivo e para cada janela fisiológica? Quais os melhores aditivos?
À primeira pergunta a resposta óbvia é que com todos as espécies de micronutrientes teremos mais chances de produção de DESEQUILÍBRIOS CONTROLADOS, nome da teoria que propus nos anos 70 e que defendo como a melhor para explicar a dinâmica da nutrição foliar e para viabilizar o manejo rentável dos micronutrientes.
Essa teoria não contradiz in totum a dos níveis de suficiência, apenas a complementa de forma mais eficiente para que possamos entender a nutrição foliar como uma excelente tecnologia a favor de uma agricultura mais rentável e sustentável. Quanto à melhor proporção entre os micronutrientes, só a pesquisa cientifica comparativa, mas com caldas nutritivas aditivadas, que encontrará a melhor resposta para cada tipo de cultivo.
Quantos aos aditivos e à aditivação de caldas multinutrientes para nutrição foliar, isso constituirá na caixa preta de cada empresa, normalmente patenteados e que, no caso da EUROFORTE, recebe a marca registrada de CICLOHEPTOSE.
Conheça mais sobre essa tecnologia. Clique aqui (hiperlink).
Infelizmente a ação dos micronutrientes não obedece aos paradigmas dos níveis de suficiência, ou níveis críticos, e, pior, muitos ainda teimam estudar o comportamento e efeitos dos micros na planta sem que, antes, tenham adquirido os conhecimentos elementares da Enzimologia.
Estudar a dinâmica desses nutrientes e discutir os tais níveis de suficiência, tabelas e recomendações genéricas, sem antes se atentar aos fundamentos da fisiologia das enzimas, é como discutirmos os automóveis sem levar em conta os motores, a tecnologia embarcada e tudo mais.
Essa é uma das principais questões em que nossas faculdades de Agronomia, a meu ver, estão retardatárias. A Enzimologia precisa ser mais uma das matérias fundamentais do curso de Agronomia, junto com Bioquímica, Química Mineral e Fisiologia, mas ainda não é, infelizmente.
A consequência objetiva desse fato no mercado é a insegurança sobre a definição dos melhores manejos dos micronutrientes nos diferentes tipos de cultivos. Assim, o mercado ficou literalmente dominado por “mitos e antipatias” a respeito da inconstância e baixa reprodutibilidade dos bons resultados dos fertilizantes foliares e da própria nutrição foliar.
A maioria, por estudar pouco a Fisiologia no ambiente celular e a forma de ação dos enzimas e micronutrientes, ainda considera que os fertilizantes foliares nada mais são do que “commodities” minerais ou organominerais de fácil produção doméstica, bastando ter as matérias-primas minerais e conhecer as garantias químicas do produto comercial pretendido.
Além disso, grande parte ainda nem sabe que cada cultivo tem suas melhores janelas fisiológicas muito bem definidas para a nutrição foliar, isto é, os estágios fenológicos da planta em que as respostas à nutrição foliar são mais robustas. No entanto, a nutrição foliar ainda é a melhor ferramenta tecnológica para o bom manejo dos micronutrientes, o que significa muito mais do que a tradicional adubação foliar. Esta é o ato da pulverização de caldas nutritivas nas plantas, mas a nutrição foliar, por ter compromisso com os retornos econômicos, vai muito além.
Compreende a produção de formulação aditivadas com substâncias naturais que sejam estimuladoras da absorção ativa das células da epiderme da planta e sua aplicação correta nas janelas fisiológicas mais adequadas. Só assim será conseguido a entrada de micros no citoplasma, isto é, em doses maiores do que apenas as apenas necessárias a essas células. São as células da epiderme que funcionam como verdadeiro filtro seletivo da entrada de nutrientes na planta pela via foliar.
Ao conseguirmos promover a entrada no citoplasma de doses de micronutrientes maiores do que as teoricamente apenas adequadas estaremos, na verdade, induzindo um desequilíbrio químico (na proporção entre os íons micronutrientes) nessas células atingidas pela calda nutritiva aditivada das gotas da pulverização. E, como todo ser vivo, as plantas reagem pela rota mais eficiente de seu metabolismo predominante.
Nos animais a reação predominantemente é por processos metabólicos de análise e decomposição, próprios dos animais. Mas nos vegetais o metabolismo predominante é o das biossínteses de componentes da matéria fresca e, portanto, essa é a via preferencial para a reação dos vegetais aos desequilíbrios intencionalmente induzidos, natural ou artificialmente. Como acontece diuturnamente nas plantas induzidas pelas alterações mesológicas, ambientais, climáticas, de solo, etc.
É bastante óbvio que todos os seres vivos sempre reagem aos desequilíbrios endógenos, sejam eles induzidos por causas naturais ou artificiais. No entanto, como as rotas preferenciais de reação das células vegetais, e portanto da planta como um todo, é pelo aumento da biossíntese de compostos que inativem o mais rápido possível todo o potencial fitotóxico do excesso de nutrientes no citoplasma, e por extensão no simplasto, isso significará, em última análise, um grande estímulo ao ganho adicional de massa seca que significará ganhos de produtividade vegetal.
Teoricamente, podemos induzir desequilíbrios nas plantas em qualquer estágio de desenvolvimento, entretanto, apenas em algumas fases de desenvolvimento é que as respostas das plantas serão economicamente vantajosas: nas janelas fisiológicas. Termo que idealizei para explicar o fundamento da técnica da nutrição foliar. Finalmente, esclareço que entendo a nutrição foliar como um recurso tecnológico para induzirmos aumentos significativos e econômicos da produtividade vegetal.
Raciocinando por um outro prisma, qual será a utilidade para planta do excesso de micronutrientes no simplasto?
Sem dúvidas que será a produção de substâncias que inativem a ação química potencialmente prejudicial ao próprio simplasto. Mas que substâncias seriam essas cujas principais matérias primas seriam os micronutrientes? É evidente que serão enzimas que detenham no grupo prostético de sua proteína tais micronutrientes, ou que precisem desses íons para viabilizar sua ação catalítica no simplasto.
Mas quais seriam as vantagens de mais enzimas no simplasto? Ora, enzimas nada mais são do que catalizadores das reações químicas que acontecem em todos processos metabólicos do simplasto. A fotossíntese, por exemplo de modo bastante simplificado, compreende mais de sessenta passos, reações químicas diferentes, até realizar a síntese da glicose. Em cada uma dessas fases atua uma espécie de enzima diferente e, portanto, mais de sessenta tipos e apenas nesse processo. Se lembrarmos que numa única célula viva acontece dezenas e quiçá centenas de processos metabólicos diferentes, mas simultâneos, podemos entender, sem nenhum exagero, que, dependendo da função e estágio de desenvolvimento, acontece no citoplasma de uma única célula cerca de dezenas de milhares de reações químicas diferentes e simultâneas. Cada uma delas catalisada por uma espécie diferente de enzima.
Concluindo, ao conseguirmos induzir um simples desequilíbrio químico no simplasto, por excesso de micronutrientes através de uma nutrição foliar eficaz e na hora certa, estaremos estimulando o aumento da produtividade vegetal. A consequência desse raciocínio é a questão: aplicar caldas com apenas poucas espécies de micronutrientes, ou com todos os conhecidos? Qual será a melhor proporção entre eles, em cada formulação aditivada, para cada tipo de cultivo e para cada janela fisiológica? Quais os melhores aditivos?
À primeira pergunta a resposta óbvia é que com todos as espécies de micronutrientes teremos mais chances de produção de DESEQUILÍBRIOS CONTROLADOS, nome da teoria que propus nos anos 70 e que defendo como a melhor para explicar a dinâmica da nutrição foliar e para viabilizar o manejo rentável dos micronutrientes.
Essa teoria não contradiz in totum a dos níveis de suficiência, apenas a complementa de forma mais eficiente para que possamos entender a nutrição foliar como uma excelente tecnologia a favor de uma agricultura mais rentável e sustentável. Quanto à melhor proporção entre os micronutrientes, só a pesquisa cientifica comparativa, mas com caldas nutritivas aditivadas, que encontrará a melhor resposta para cada tipo de cultivo.
Quantos aos aditivos e à aditivação de caldas multinutrientes para nutrição foliar, isso constituirá na caixa preta de cada empresa, normalmente patenteados e que, no caso da EUROFORTE, recebe a marca registrada de CICLOHEPTOSE.
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*Matéria escrita por Flávio Pompei no dia 04 de agosto de 2015.