BVI® é a inovação tecnológica que desenvolvi para a EUROFORTE visando melhoria do manejo dos micronutrientes em cultivos extensivos. Inovamos na produção industrial de caldas nutritivas prontas para nutrição foliar a baixo volume (20 L/ha). São fertilizantes foliares fluidos sustentáveis e superconcentrados em micronutrientes já aditivados com CICLOHEPTOSE® e que dispensam o concurso de quaisquer diluentes e coadjuvantes.
Tudo isso simplificou operações, multiplicou rendimentos operacionais e reduziu custos de forma drástica. A eliminação da necessidade de pessoal em campo e do vultoso transporte de água potável para o preparo da calda concluiu na dispensa de toda a infraestrutura das pulverizações convencionais. Esse manejo de um único produto fluido e completo facilitou a gestão operacional e eliminou os conhecidos riscos da geração de passivos trabalhistas e ambientais.
O uso apenas de matérias-primas naturais, subprodutos da indústria de processamento de vegetais, à exceção das fontes minerais dos íons nutrientes, ampliaram a sustentabilidade dessa inovação e consolidaram a inocuidade do BVI® ao agroecossistema e homem. São essas características singulares desse fertilizante foliar que viabilizaram seu uso como uma solução sensata e eficaz para o manejo lucrativo dos micronutrientes nas lavouras extensivas, como as da cana de açúcar, banana, café, uva, florestas plantadas e cítricos, por exemplo.
CICLOHEPTOSE® é a inovação tecnológica dos aditivos de desempenho, a responsável imediata por turbinar a eficácia do BVI® na nutrição foliar e favorecer sua sinergia com a defesa fitossanitária. É um agregado tecnológico fundamental do BVI® e que assegura o desempenho agronômico diferenciado, acima das expectativas habituais.
Essas inovações, juntas, ampliaram o mercado para aviação agrícola numa época de menor demanda, o que gerou novos ganhos de escala e diminuição do uso de fitossanitários. Tudo isso, associado a uma estratégia e logística mais funcionais formatou o JEITO EUROFORTE para promoção do manejo mais eficaz dos micronutrientes e para duplicação da renda líquida do negócio agrícola do cliente.
Histórico
Os fundamentos técnico-científicos do BVI® tiveram origem nos anos 70, na minha idealização das emulsões invertidas de fungicida e micronutrientes para o antigo Instituto Brasileiro do Café. Foi a solução pioneira de calda mista, pronta para pulverização a baixo volume (12 L/ha) e de maior eficácia no controle da Ferrugem do Cafeeiro, o terror da Cafeicultura nos anos 70 e 80. Em 1979 desenvolvi a primeira geração de aditivos Polihexose, testada e publicada em 1981, nos anais do 9º Congresso de Pesquisas Cafeeiras, em S. Lourenço – MG. Em 1995 promovi um upgrade tecnológico desses aditivos de desempenho, constituindo a atual CICLOHEPTOSE®. Foi a inclusão de recursos da cosmetocinética natural que agregou mais qualidade e sustentabilidade às formulações BVI®, porque diminuíram a taxa de evaporação e de deriva das gotas, melhoraram sua molhabilidade e longevidade nutritiva na epiderme da planta. Tudo isso aumentou o fator de esparramação das gotas no alvo, fator crítico que é o maior responsável pela qualidade do espalhamento da gota já na planta. Essa embebição mais eficiente da cutícula é que estimula a absorção ativa das células atingidas pela calda nutritiva do BVI®.
Características
Quimicamente, os BVIs® são soluções verdadeiras acrescentadas de espessantes, emolientes e umectantes, o que configura uma suspensão estável. São formulações densas, viscosas, ligeiramente ácidas, superconcentradas de micronutrientes dissolvidos em solventes naturais. Caldas prontas para nutrição foliar e compatíveis com os fitossanitários naturais e organossintéticos mais usados. Contudo, isso não dispensará cuidadosos testes preliminares da mistura pretendida.
Fisiologicamente são caldas sustentáveis, atóxicas ao homem e animais, benéficas ou neutras ao agroecossistema. Por melhorar a embebição da cutícula vegetal, produz molhamento homogêneo de longa vida útil na epiderme vegetal e melhora a velocidade da absorção foliar. A CICLOHEPTOSE atua na plasmalema para acelerar e aumentar a entrada de micronutrientes no simplasto. É isso que favorece o aumento expressivo da biossíntese de mais enzimas e, em consequência, a eficiência metabólica da planta porque ela sempre reage a qualquer desequilíbrio nutricional.
Aplicação
Preferencialmente por aviões equipados com pulverizadores rotativos (micronair, turbo-aero) ou com barras de bicos adequados ao baixo volume. Em autopropelidos e tratorizados é indispensável o acoplamento de ponteiras específicas para baixo volume, mas é prudente lembrar que o volume de cada pulverização é definido, sempre, pela qualidade da neblina nutritiva e pelo tipo de deposição de gotas no alvo, nunca pela simples “vontade do dono”. As melhores janelas fisiológicas para duas aplicações na cana de açúcar, por exemplo, e de maior retorno econômico são: (1ª) fim do perfilhamento da cana, ainda perfilhando, e antes da formação do colmo, e (2ª) aos 70 a 100 dias após a primeira. Para aplicação única basta dispensar a segunda. O conhecimento das melhores “janelas fisiológicas” de cada cultivo é o que mais favorece ao desempenho da nutrição foliar para produção dos melhores resultados econômicos.
Desempenho agronômico
Na experimentação oficial com cana de açúcar da UFSCar, Araras – SP, com maior rigor científico e por quatro safras sucessivas, os ganhos foram de 18 a 25 TCH com duas pulverizações, em relação a testemunhas com 95 a 107 TCH. Com pulverização única os ganhos médios foram de 12±2 TCH. Entretanto, no longo histórico dos trabalhos desde 2003, em dezenas de unidades, variedades, ambientes de produção e tipos de solo e em mais de 850 mil ha das últimas safras, a faixa dos ganhos tem persistido entre 10 a 12±2 TCH. Entretanto, mais importante são os ganhos relativos em ATR, de 3 e 8 pontos percentuais maiores do que em TCH, com pay back médio de 4 a 7 meses da aplicação. Simulando que toda a canavicultura de S. Paulo (≈ 5,5 milhões de ha) aplicasse uma única nutrição foliar com o BVI® o aumento da oferta de cana atingiria de 55 a 65 milhões de toneladas. Isso é o correspondente à demanda de pelo menos mais 20 unidades greenfields de 3 milhões de toneladas cada uma. O mais importante, contudo, seriam os ganhos de 8 a 9 milhões de toneladas de açúcar, sem expansão da área plantada. Com duas aplicações esses cálculos seriam ampliados em pelo menos 60%. É por isso que, a meu juízo, essa revolução tecnológica do BVI® veio para ficar e ampliar a rentabilidade do setor sucroenergético. Pense nessa opção para o seu manejo de micronutrientes em lavouras de grandes áreas. Agende uma visita para mostrarmos o resultado na prática!
*Matéria escrita por Flávio Pompei no dia 24 de junho de 2017.